Brasil e China inauguram, neste sábado (28), uma nova rota de comércio marítimo que ligará o Porto de Santana, no Amapá, ao Porto de Zhuhai, na província de Guangdong. Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a conexão reduzirá custos logísticos e tempo de viagem de produtos brasileiros com destino ao país asiático, fortalecendo a competitividade do Arco Norte.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (28), durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Góes destacou que a iniciativa representa uma alternativa estratégica à rota tradicional pelo Porto de Santos, garantindo maior eficiência ao escoamento da produção nacional. A expectativa é que bioprodutos da Amazônia e do Centro-Oeste estejam entre os principais beneficiados.
De acordo com o ministro, os ganhos serão significativos. Enquanto a exportação de soja pelo Porto de Santos pode custar até US$ 14 a mais por tonelada na comparação com Santana, para a China a economia pode chegar a US$ 7,8 por tonelada. Além da redução de despesas, a nova rota deve encurtar o tempo de transporte, assegurando maior lucro ao produtor rural e melhor organização logística no país.
Góes ressaltou ainda que a cooperação comercial com a China tem se intensificado, principalmente no setor da bioeconomia da Amazônia. Produtos como açaí, cacau, café, castanha, pescado e insumos para fármacos estão no centro das expectativas. “O caminho é agregar valor, industrializar e gerar renda na própria região. Com um mercado consumidor de 1,4 bilhão de pessoas, a China oferece uma oportunidade única para a Amazônia e para o agro brasileiro”, afirmou.
